Conta a lenda que na Copa de 1958 o técnico brasileiro Vicente Feola reuniu os jogadores e combinou a estratégia para o jogo com a União Soviética. Dizem que a estratégia envolvia uma jogada em que Nilson Santos, Zito e Didi trocariam passes curtos no meio do campo para atrair a atenção dos russos. Vavá puxaria a marcação da defesa deles caindo para o lado esquerdo do campo. Depois de um tempo, Nílton Santos deveria fazer um lançamento para direita, alcançando Garrincha pelas costas do marcador. Garrincha dribla e cruza para Mazzola, que faria o gol.
Depois de ouvir com atenção, Garrincha, com a cabeça de gênio da bola e com a maior simplicidade possível, perguntou: Tá legal, Seu Feola… mas o senhor já combinou tudo isso com os russos?
Esse é um erro ou “inocência”muito comum em gestores de consórcios, fazem um “mega planejamento’ vendem para equipe como a solução “Master Plus top da Galáxias” para baterem a meta e todos ganharem muito dinheiro, por vezes esquecem que no mercado existe concorrência e que a concorrência também é competente, esquecem de verificar com a equipe se a mesma está preparada para estratégia proposta pelo gestor esquecem também de pedirem para equipe que está na linha de frente quais oportunidades eles percebem no mercado…
As ideias são importantes sim, mas precisam sair do papel e para isso precisam ser factíveis, ideias que não possam ser medidas, escaláveis, e principalmente adaptáveis a realidade de mercado e principalmente aderentes a equipe tem pouca serventia e perdendo o recurso mais precioso do mundo o “tempo”.
Um bom planejamento depende muito de conhecer as habilidades da sua equipe, as variações de mercado, a capacidade de investimento da sua empresa e os riscos que está disposto a correr como gestor. Meça os resultados crie suas réguas, escale seus objetivos alinhe TUDO com sua equipe. Sempre vai ser mais fácil contam com a competência da sua equipe do que contar com a incompetência do seu concorrente.
E então vai preferir combinar com os Russos?